Já há alguns anos que eu e o David tínhamos combinado que quando estivéssemos à espera de um bebé iríamos recorrer em primeira instância às lojas em segunda mão que vendessem artigos de puericultura. Sempre nos fez confusão os preços exorbitantes praticados, tendo em conta que muitas das coisas são usadas durante poucos meses e depois encostadas a um canto. Para além disso não nos fazia sentido investir em coisas novas quando em lojas como a Kid to Kid tem artigos como novos a preços bastante aliciantes. Sempre fomos fãs de lojas em segunda mão e de reutilizar o que já não fazia falta a alguém - grande parte da minha enorme colecção de livros foi assim comprada - então fazia todo o sentido termos o mesmo comportamento em relação a um futuro filho.
O que nós não contávamos era que os nossos vizinhos da frente - que ao longo dos últimos anos se tornaram nossos grandes amigos - tivessem um bebé há cerca de dois anos. Ainda não estava grávida e eles já nos diziam para não nos preocuparmos que teríamos o enxoval feito. E a verdade é que prestes a chegar a meio da gravidez tenho o armário recheado com mais do que poderia imaginar. Conto pelos dedos de uma mão as coisas compradas por nós - sendo que dois dos artigos comprei na viagem que fiz à América, para ter recordações do local.
Claro que ainda falta comprar algumas coisas mas tudo o que eles nos emprestaram é de uma importância extrema para nós por vários motivos. Não só por todo o dinheiro que poupámos (e que mais do que nunca é importante saber gerir) mas também por retirar o factor ansiedade do nosso pensamento por não podermos sair para fazer este género de compras. É verdade que o pequeno feijão vai usar praticamente tudo em segunda mão mas a nós isso aquece o coração. São pedaços de história que já pertenceram a outra família e com os quais agora também criaremos as nossas memórias. É reutilizar e ser amigo do ambiente. É procurar criar o sentimento de solidariedade desde o berço. Um dia talvez todos estes artigos façam feliz outra família!
Honestamente, acho maravilhosa este empréstimo, porque os próprios artigos trazem essa história para dar um pouco mais de conforto. E, lá está, é como tu referes: não faz grande sentido estar a comprar peças novas a um valor nada simpático, quando existem opções mais em conta e praticamente novas.
ResponderEliminarQuando a minha filha nasceu, deram-nos imensas coisas usadas, sobretudo por familiares, mas também alguns amigos. Quando ela cresceu, foi a nossa vez de dar quase tudo. Ficámos com algumas recordações, mas a maior parte demos.
ResponderEliminarNão faz muito sentido gastar tanto dinheiro que, por vezes, não temos, por coisas que deixam de servir em poucos meses.
Hoje há um apelo desmesurado ao consumismo e nós acabamos por "ir na onda".
Que excelente forma de pouparem dinheiro. Ainda por cima a roupinha de bebé dá para tão pouco tempo, tendo em conta que eles crescem super rápido.
ResponderEliminarÉ bom termos assim pessoas na nossa vida.
Beijinho
Adoro a ideia! :)
ResponderEliminarVai correr tudo bem. Abençoados vizinhos!!
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